quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dois anos de pausa e um só regresso!

Dois anos é tempo mais do que necessário para que determinadas ideias, ideologias e filosofias se encaixem na cabeça de um humano.

Tempo de sobra para algumas feridas cicatrizarem e para que novas surjam abruptamente sem qualquer pedido de permissão.

Tempo para idealizarmos, executarmos e novamente idealizarmos sonhos que vão e vêm num paralelo distinto e despido de qualquer pré-conceito.

Tempo necessário para novas e insatisfatórias rugas surgirem como um inquilino que se instala sem qualquer tipo de carisma ou boa onda.

Tempo para "limpar a casa", distribuir e partilhar prazeres onde a recíproca não é nada verdadeira.

Tempo para lapidar qualquer diamante bruto e lavar a alma dos espíritos inquietos que voam por entre as mãos dos Anjos, atormentando e atordoando cada vez mais a mente já cansada e bitolada de um mero humano.

Tempo para iluminar a escuridão e para desenterrar os mortos que estão sepultados dentro dos nossos desejos mais íntimos.

Tempo para exorcizar determinados demónios que se alimentam da boa vontade e da caridade alheia enquanto um corpo de mera carne e osso sofre para lhes dar aquilo que precisam.

Tempo para decidirmos não olhar para trás e seguir como se não houvesse o amanhã.

Tempo suficiente para ter reencontrado alguém com quem cresci, com que espanquei e fui espancado, com quem ri e chorei e que um dia lamentavelmente para trás deixei.

Tempo que felizmente esse alguém também teve e com a sua vida construiu o seu castelo familiar e profissional.

Tempo de avaliar o nosso possível reencontro porque a nossa união, no passado, assim designou que fosse para sempre.

Tempo para afirmar que esse alguém sempre foi e será sempre o único e verdadeiro.

Tempo curto para descrever a nossa história e o nosso amor e respeito um pelo outro.

Tempo ainda suficiente para sentir novamente aquela magia e brilhantismo de duas pessoas que juntas eram intocáveis, fortes, soberanas e indomáveis.

Tempo de Natal, data que alguns Anjos escolheram para levar em suas mãos alguns que até hoje me são queridos.

Somos apenas seres humanos atirados na imensidão de um universo e como dizia Renato Russo:
A cada hora que passa envelhecemos dez semanas.

1 comentário:

Cindy disse...

Quem é vivo, sempre aparece!!
Bem-vindo!
Beijocas